quarta-feira, 17 de maio de 2017

Índios de Biguaçu lutam para preservar cultura do povo Guarani pelo conhecimento acadêmico

No aniversário da cidade que leva o idioma indígena no próprio nome, conheça as histórias das aldeias Mymba Roka, Yynn Moroti Wherá e o trabalho dos filhos de seu Alcindo, um xamã de 108 anos, para levar o conhecimento ancestral do pai à academia:

 
Seu Alcindo  Whera Tupã, 108 anos, fundador da aldeia Mymba RokaFoto: Betina Humeres / DC
Índios de Biguaçu lutam para preservar cultura do povo Guarani pelo conhecimento acadêmico Betina Humeres/DC
"Vocês nos deixaram todo o seu ensinamento para podermos sobreviver e para que possamos repassar esta sabedoria para as futuras gerações, ensinando aos nossos filhos a observar as estrelas e o céu. Para aprendermos sobre os símbolos e seus significado, que nos ensinam de onde viemos. Nós, Guarani, somos filhos do sol, os guardiões do milho sagrado e do tabaco sagrado. Cada aldeia ainda terá as plantas sagradas enquanto o fogo sagrado estiver acesso. Vocês criaram a floresta para podermos ensinar nossos filhos a receber seus ensinamentos. Ensinaram também os cantos sagrados para rezarmos onde estivermos." (Reza ao Pai Sol e à Mãe Terra de Alcindo Whera Tupã)
O Calendário Cosmológico Guarani (Apyka Mirim) orienta os índios sobre o tempo certo para a agricultura, artesanato, marés e a caça. Seguindo o que lê no céu por Nhanderu, Deus Verdadeiro, o líder espiritual Alcindo Moreira (Whera Tupã) chegou aos 108 anos de idade com vigor e saúde. Caminha ereto, tem os braços fortes e e ainda planta e colhe os frutos da Mãe Terra na Aldeia Mymba Roka, em Sorocaba de Dentro, região de difícil acesso a cerca de uma hora do centro de Biguaçu.
— Nós aprendemos com o Sol, que nos dá oportunidade de nos levantarmos todo o dia. Não fosse o Sol, o ser humano não sobreviveria, por isso devemos sempre nos lembrar dele e agradecer — orienta Alcindo enquanto mostra com orgulho a última colheita de abóboras. Na aldeia, ele cultiva também cana-de-açúcar, mandioca e os belos milhos coloridos, vermelhos, pretos, roxos, amarelos. O ancião é casado com Rosa Cavalheiro (Poty D'já), de 102 anos. Os dois são fundadores da aldeia que fica no final de uma estrada de chão batido e que corta um morro e a cachoeira do Amâncio. A Mymba Roca possui 600 hectares e 33 famílias.
Seu Alcindo mostra os milhos coloridos que plantou e colheu na aldeia Mymba RokaFoto: Betina Humeres / DC


















O casal gerou oito filhos. Dois deles, Geraldo Moreira (Karai Okenda) e Wanderley Moreira (Karai Ivyju Miri), traduziram os conhecimentos milenares do pai para o universo acadêmico. Em 2015, eles apresentaram a monografia Calendário Cosmológico Guarani - Os Símbolos e as Principais Constelações na Visão Guarani como trabalho de conclusão do curso de Licenciatura Intercultural Indígena do Sul da Mata Atlântica, do Departamento de História da UFSC.
— Este trabalho começou a se desenvolver a partir das histórias contadas pelo seu Alcindo, conhecedor da cultura Guarani, que recebeu de seus ancestrais toda a sabedoria a ser repassada para seu povo. Ele conta muita história do início do mundo, a história do Sol e da Lua, de como vê o mundo dos mais jovens de hoje e também sobre o conhecimento da cosmovisão Guarani — escreveu Wanderley.
 Reflexo das Águas Cristalinas
Ele e o irmão Geraldo lecionam na Escola Indígena Wherá Tupã - Poty D'já, que homenageia o casal ancião. O colégio estadual fica em outra aldeia, a Yynn Moroti Wherá, às margens da BR-101 e que tem a poética tradução de "Reflexo das Águas Cristalinas". Isso porque a aldeia fica numa terra um pouco alta, e o sol que reflete no mar da Baía Norte traz uma linda paisagem com a Ilha de Santa Catarina ao fundo. A escola, construída em formato octogonal lembrando a casa de reza (opy), tem um currículo focado na cultura indígena e atende cerca de 50 crianças. História, por exemplo, é divida na eurocentrista e a dos povos originais do Brasil. O português é o segundo idioma. A língua materna é o guarani.
Aldeia Yynn Moroti Wherá, que em guarani significa reflexo das águas cristalinasFoto: Felipe Carneiro / Agencia RBS









A coordenadora da escola é a professora Celita Antunes, 42 anos, estudante de Pedagogia na Univali. Ela explica que o trabalho desenvolvido na escola tem objetivo de fortalecer a cultura Guarani. Antes de entrar em sala de aula, por exemplo, os alunos se reúnem em uma pequena réplica da casa de reza, onde fazem uma roda para orar e recebem o conteúdo que será aplicado naquele dia. Entre as atividades que são promovidas, destaca-se a realização dos Jogos Tradicionais "Tchondaro Vy'a".
— Nós passamos a educação tradicional com os conhecimentos indígenas para que eles tenham orgulho de quem são e do nosso passado. Aqui eles são preparados para o vestibular, mas sem nunca querer deixar de ser índios — destaca.
Caso do Wesley Gonçalves Barbosa, de 9 anos e aluno da 3ª série da Wherá Tupã Poty D'já:
— Eu ainda não sei o que quero ser quando crescer, mas não pretendo sair da aldeia.
O pequeno Wesley Barbosa na casa de reza (opy)Foto: Felipe Carneiro / Agencia RBS









"A gente não está vivendo 500 anos atrás"
 Celita é casada com o cacique Hyral Moreira, o primeiro Guarani a se formar em Direito em Santa Catarina. Aos 40 anos, é advogado das causas dos índios, além professor de idioma e Direito Ambiental e Indígena. Já foi consultor da Unesco para a questão da saúde do campo de indígenas e quilombolas no Sul do Brasil. Para o cacique, a maior dificuldade que atualmente os índios têm fora da aldeia é o preconceito.
— Muita gente pergunta: como um indígena anda de carro, tem casa? A gente não está vivendo 500 anos atrás! Mas parece que muitas pessoas têm a ideia de que é indígena vive num zoológico — protesta Hyral.
— Hoje eu sou um advogado, eu tenho a mesma capacidade técnica de qualquer outro advogado similar. Não diminui a minha pessoa por ser indígena, mas as pessoas ainda pensam: "intelectualmente deve ser inferior". Isso tem nos prejudicado muito. Às vezes você vai no mercado de trabalho e, por ser indígena, já tem um receio. Mas não é por falta de qualificação. Por isso, a gente prepara os nosso alunos para o mercado de trabalho mas já preparados para lidar com esse preconceito — completa.
A Escola Whera Tupã - Poty D'já, além de fortalecer a cultura Guarani, também é local de trabalho para a comunidade. Os 12 professores são índios da própria aldeia. As demais famílias, são 36 ao todo, têm como fonte de renda o trabalho rural e a construção civil.
Cacique Hyral é advogado e já foi consultor da UnescoFoto: Felipe Carneiro / Agencia RBS


















"O não-índio não dá valor à cultura indígena porque ele não a conhece"
O curso de Licenciatura Intercultural Indígena do Sul da Mata Atlântica, que os filhos do centenário Alcindo concluíram, já está na sua segunda turma, com quatro estudantes de Biguaçu, todos professores na escola. Ao concluir, eles estarão habilitados para lecionar nos anos finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio.
A coordenadora pedagógica do curso é a kaingang e antropóloga Joziléia Daniza Jacodsen, primeira estudante indígena da pós graduação da UFSC. Ela explica que o que diferencia esse curso dos tradicionais é a entrada do conhecimento dos sábios, um saber milenar que não é valorizado pela academia.
— O povo guarani é nosso vizinho, com sua língua, seus mitos. A partir do momento em que a sociedade não indígena aprende sobre o nosso vizinho, essa sociedade vai aceitar e tentar compreender a dinâmica dessas populações e valorizá-las — defende Jozélia.
— Esse conhecimento, traduzido para a universidade, é importante para o brasileiro perceber o valor que tem para nossa cultura brasileira — explica.
Cacique Hyral e a esposa, Celita Antunes, na casa de reza Foto: Felipe Carneiro / Agencia RBS









Quem são os estrangeiros?
A primeira impressão que tive ao chegar nas aldeias Mymba Roka e Yynn Moroti Whera foi a de que lá estavam comunidades estrangeiras vivendo em Biguaçu, quando na verdade é justamente o contrário. Ao ouvir as crianças falando um idioma tão distante do português, entrar nas casas de reza, com sua arquitetura característica, e tentar decifrar os símbolos e os mitos guaranis, me dei conta que esta cultura tão rica e tão genuinamente brasileira nos foi e ainda é sonegada.
A ideia de homenagear as comunidades indígenas no aniversário de Biguaçu através desta reportagem é reconhecer os ancestrais desta terra, que deram nome a rios, morros, aves e à própria cidade, mas que não estão no seu verdadeiro lugar na memória e na história.
 Os índios em Biguaçu
 São quatro comunidades indígenas no município (todas Guarani), totalizando uma população de cerca de 500 pessoas.
Os atendimentos em saúde são realizados por médicos e dentistas do Governo Federal nas aldeias; já a marcação de consultas e exames é efetuado pelo município.
Educação: as escolas de educação básica são mantidas pelo Governo do Estado.
Assistência Social: os atendimentos são realizados pela Funai e Secretaria Municipal, com distribuição de cestas básicas e outros serviços.
Fontes: UFSC e Prefeitura de Biguaçu
Cidade indígena até no nome
Há algumas controvérsias quanto à origem do nome da cidade: uma versão diz que significa "Biguá Grande". Biguá é um pássaro aquático ainda hoje encontrado no Rio Biguaçu.
Já o padre Raulino Reitz, em seu livro "Alto Biguaçu" (1988), apresenta a versão de que o nome deve-se a uma árvore semelhante ao jambolão e chamada popularmente de "baguaçu".
Atualmente, o jornalista local Ozias Alves Júnior, através de uma pesquisa que contou com a ajuda do professor Aryon D. Rodrigues, um dos maiores especialistas em Tupi-Guarani do Brasil, afirma que a origem do nome Biguaçu vem da palavra "Guambygoasu" que significa "Grande Cerca de Paus" ou "Cerca Grande" (palavra usada pelos antigos índios Carijós).
Fonte: Prefeitura de Biguaçu e Hora de SC.

segunda-feira, 8 de maio de 2017

Professora da rede utiliza pesquisa de preços para ensinar educação financeira


Tarcísia Vicente de Lima criou uma atividade com valores de produtos em supermercados para colocar em prática as operações com números decimais

foto/divulgação: Tarcísia Vicente de Lima

Pesquisa de preços em supermercados é utilizada para ensinar educação financeira
Como falar de educação financeira com crianças? A professora de matemática Tarcísia Vicente de Lima, da Escola Básica Municipal Osvaldo Machado, em Ponta das Canas, Florianópolis, resolveu pegar os conhecimentos teóricos e aplicá-los na prática.

Tarcísia estava trabalhando operações com números decimais com os alunos da escola e utilizou uma atividade de pesquisa de preços em supermercados para melhorar o entendimento da matéria. “No dia a dia, ninguém vai dividir 0,987 por outro número decimal. Com o exemplo do supermercado, eles conseguem colocar em prática o que aprendem e assim fica mais fácil de entender”, explica a professora.

Os alunos devem pesquisar o preço de determinados produtos em três supermercados da Capital. Entre esses produtos estão feijão, café, leite, açúcar, arroz, macarrão, óleo, cebola, ervilha, maçã, creme dental e fio dental.

Deve-se então anotar os dados em uma tabela, que contém espaços para o valor dos itens em cada estabelecimento e uma coluna apenas para anotar o preço mais em conta.

Depois, eles devem somar o valor de todos os produtos em cada supermercado, e calcular a diferença de preços entre os locais, utilizando as operações com números decimais.

Por fim, as crianças devem descobrir quanto dá suas feiras se comprassem somente os itens da coluna do preço mais em conta, fazendo-os ter uma noção de economia.

A professora realiza essa atividade com os alunos do 6º e 7º ano. Tarcísia acha necessário falar sobre economia desde cedo nas escolas. “Apesar de não comprarem, as crianças já são consumidoras, querendo ou não”.

“Não sabemos o dia de amanhã”

Gustavo Neves Almeida tem 12 anos e é aluno do 7º ano. Ele acredita que é fundamental esse trabalho para que as crianças tenham uma noção de quanto os pais gastam com alimentos. “É bom poupar dinheiro, porque nós não sabemos o dia de amanhã”, afirma. Guilherme Neves Almeida, seu irmão gêmeo e também aluno do 7º ano, concorda e acrescenta: “É bom saber economizar!”.

O colega de turma da dupla, Luis Eduardo Camacho Santos, pensa que economia é a melhor solução diante dos preços altos no Brasil. “Só que infelizmente, a geração de hoje não liga muito para isso antes dos 10 anos, ou, antes de morarem sozinhos”, pondera o aluno.

A aluna Regina Galvan relata: “antes de fazerem compras, minha mãe e meu pai fazem uma lista dos produtos para saberem até quanto podem gastar”.

Fonte: PMF

IPVA: dia 10 termina o prazo para pagar parcelas de veículos com placas de final 3, 4 e 5 em Santa Catarina



Foto: Julio Cavalheiro/Secom
Proprietários de veículos com placa final 5 que quiserem pagar o imposto em três vezes sem juros devem efetuar o pagamento da primeira parcela até a próxima quarta-feira, 10 de maio. As demais parcelas têm vencimento no dia 10 dos meses seguintes, nesse caso, junho e julho. O prazo para pagamento em cota única é 31 de maio. Dia 10 deste mês também vence a segunda parcela do IPVA de veículos com placa final 4 e terceira parcela para final 3.
A SEF, responsável pelo recolhimento do imposto, lembra que os vencimentos dependem do final da placa do veículo, mas os contribuintes podem antecipar o pagamento a qualquer momento. A guia de pagamento, taxas, multas e seguro DPVAT podem ser emitidos na internet e paga nas agências bancárias conveniadas: Banco do Brasil, Bradesco, Itaú, Santander, Caixa Econômica Federal, Sistema Bancoob/Sicoob, HSBC, Sicredi e Cecred.
A quitação é um dos requisitos para licenciar o veículo. O não pagamento também implica em Notificação Fiscal, com multa de 50% do valor devido, mais juros SELIC ao mês ou fração. Para saber qual o valor do IPVA do seu carro, acesse a tabela disponível no site da Secretaria da Fazenda, clicando aqui.
Para pagar, clique aqui. 
Imposto está 4,4% menor em SC
Os proprietários de veículos emplacados em Santa Catarina irão pagar em média 4,4% menos de IPVA em 2017. A redução é atribuída a queda do valor de mercado dos automóveis, uma vez que a base para o cálculo do imposto é a tabela FIPE (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas). Este é o segundo ano consecutivo que o imposto acaba ficando mais barato no Estado. Em 2016, o valor do IPVA ficou, em média, 4% menor do que no ano anterior.
O IPVA mais caro: R$ 65.953,44
Será pago pelo proprietário do I/Ferrari FF, ano de fabricação 2016
 O IPVA mais barato: R$ 1,33
Será pago pelo proprietário da Caloi/Mobylette SR 50, ano de fabricação 1985
IPVA SC - Alíquotas vigentes
- 2% para veículos terrestres, de passeios e utilitários, e motor-casa (fabricação nacional ou estrangeira);
- 1% para veículos terrestres, de duas ou três rodas e os de transporte de carga ou passageiros (fabricação nacional ou estrangeira);
- 1% para veículos terrestres destinados à locação.
Grupo
Tipo de veículo
Variação no valor venal entre 2014 e 2015
A
Automóveis
- 4,9%
B
Camionetas e utilitários
- 4,8%
C
Caminhões
- 8,1%
D
Ônibus/Microônibus
- 5,5%
E
Motos e Similares
-2,5%
F
Motor-casa
- 6,3%
Média
 
 - 4,4%
Caso tenha dúvidas, entre em contato com a Central de Atendimento Fazendária neste link ou pelo telefone 0300-645-1515.
Fonte: SECOM/SC.

sábado, 6 de maio de 2017

Maio Amarelo: Saúde conscientiza sobre acidentes e álcool



foto/divulgação: Arquivo

Nos fins de semana, o envolvimento do álcool nos acidentes é maior
A Rede Vida no Trânsito, da qual faz parte a Secretaria de Saúde de Florianópolis, fará abordagem de conscientização de motoristas, pedestres e ciclistas com entrega de folders e fitas amarelas em alusão ao Movimento Maio Amarelo, que chama a atenção para o alto número de mortos e feridos no trânsito em todo o mundo. O evento será no domingo (07), na Avenida Beira-Mar Norte, durante o projeto “Via Amiga do Ciclista”, das 8h às 12h.

Entre 2013 e 2016, foram identificados 232 desastres de trânsito com óbito ocorridos no município de Florianópolis. Somente no ano passado, foram 117 acidentes, com 61 vítimas fatais. Relatório da Rede Vida no Trânsito aponta que em 42,7% dos desastres ao menos um dos envolvidos havia consumido álcool antes do ocorrido. Em 32,1% do total de desastres registrados em 2016, o álcool foi considerado o fator mais importante para ocorrência, na grande maioria homens entre 20 e 29 anos de idade.

As noites de sexta para sábado ou de sábado para domingo foram os turnos que tiveram a presença do álcool confirmada com maior frequência (15,6% e 21,3% respectivamente). A SC 401, no Norte da Ilha, concentrou 17,3% dos desastres com envolvimento do álcool. As outras regiões com maior concentração foram a BR 282 (10,2%) e a Rodovia Gustavo Richard, até a saída do Túnel Antonieta de Barros (8%).

Os dados são preliminares e o relatório completo será apresentado em reunião da Rede Vida no Trânsito, no próximo dia 10. Os números ainda podem ser subestimados, pois somente as vítimas com óbito no local do acidente são testadas para a presença de álcool pelo IML. 

Fonte: PMF

sexta-feira, 5 de maio de 2017

Musicoterapia usa ritmo e melodia como alternativa para tratar doenças

Com a musicoterapia é possível melhorar a autoestima, coordenação motora, deficiências e também tratar doenças
musicoterapiaAjuda na interação com o mundo, pode ser para relaxar, aguçar os sentidos, movimentar o corpo, melhorar a coordenação motora e até mesmo para  ajudar na cura de doenças. Essas e outras possibilidades são trabalhadas na musicoterapia.  

O objetivo é utilizar a música – som, ritmo, melodia e harmonia – para auxiliar na comunicação, na aprendizagem, na expressão e atender necessidades físicas, emocionais, mentais, sociais e cognitivas do indivíduo ou do grupo. “A música é muito provocativa, muito convidativa para entrar no mundo da comunicação. Serve para o indivíduo começar a se expressar, sendo capaz de auxiliar na cura ou melhora de uma doença”, explica Clarisse Prestes,  musicoterapeuta e professora de musicalização da Universidade de Brasília-UNB.
A publicitária Monique de Jesus é mãe do João Paulo, de cinco anos. O menino, que tem autismo, provou para ela que a música foi fundamental para ajudá-lo  no convívio social. “Eu percebi que ele era muito sensível aos barulhos, depois da terapia ele ficou mais calmo. Além disso, ajudou na interação, hoje ele convive melhor com as crianças e gosta de ficar perto e ficou mais extrovertido”, descreve.
“Ela (musicoterapia) pode ser utilizada em todas as idades e pode ser usada em vários tipos de dificuldades. Desde UTI até um asilo de idosos, crianças autistas, cegas e com vários outros tipos de dificuldades. A metodologia pode variar desde jogos, instrumentos para não limitar e chegar até a música” ressalta a musicoterapeuta Clarisse Prestes. Na maior parte dos casos a musicoterapia é ativa, ou seja, o próprio paciente toca os instrumentos musicais, canta, dança ou realiza outras atividades junto com o terapeuta. Já a forma passiva, o profissional usa apenas a música para ajudar no tratamento.
Aproveitar a música como alternativa terapêutica vem desde o início da história humana. Porém, esse método só começou a ser utilizado após a Segunda Guerra Mundial no auxilio da recuperação dos soldados feridos. O primeiro curso universitário de Musicoterapia foi criado em 1944 na Universidade Estadual de Michigan, nos Estados Unidos.  No Brasil o primeiro curso de graduação foi em 1972, no Rio de Janeiro, no Conservatório Brasileiro de Música.
Oferta no SUS

Para oferecer aos pacientes um atendimento mais humanizado, novos procedimentos foram incluídos na lista de práticas integrativas do Sistema Único de Saúde (SUS), por meio da publicação da Portaria 145/2017. Desde janeiro deste ano, além da musicoterapia, são ofertadas sessões de arteterapia, meditação, quiropraxia, reiki, tratamento naturopático e tratamento osteopático.
A Política Nacional das Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) foi criada há onze anos com a proposta de abordar cinco práticas: fitoterapia, acupuntura, homeopatia, medicina antroposófica e termalismo.
Hospital da Criança, em Brasília, oferta a musicoterapia como alternativa para tratamento de doenças. Assista:
A iniciativa foi tão bem aceita pela população que rapidamente cresceu por todo o país, e hoje estas práticas são oferecidas por 1.708 municípios em todos os estados. São mais de 6.060 estabelecimentos de saúde, sendo que 78% estão na Atenção Básica, 18% nos serviços ambulatórios como centros de referência e 4% em hospitais.
Com as novas práticas, o Ministério da Saúde já oferece dezoito recursos terapêuticos através do SUS. Mas o exercício desses serviços depende da organização local.  A maior parte é realizada na Atenção Básica pelas Equipes de Saúde da Família. Outros municípios possuem centros de referência para onde os usuários são encaminhados. Alguns hospitais utilizam essas terapias, de diferentes maneiras, em pacientes internados. Quer saber onde encontrar essas práticas integrativas na sua região? Entre em contato com a secretaria de saúde para mais informações.
Fonte: Luiza Tiné, Blog da Saúde.

segunda-feira, 1 de maio de 2017

Aberta a temporada de pesca da tainha em Florianópolis

Pescadores participam de uma missa no Campeche nesta manhã, para abertura oficial da safra

A pesca artesanal da tainha foi liberada oficialmente nesta segunda-feira, 1º de maio, para arrasto de beira de praia embarcações não motorizadas. Como tradicionalmente acontece, uma missa com procissão, realizada no Rancho de Pesca Cultural, no Campeche, marcou a abertura oficial da safra do pescado em Florianópolis. Neste ano, a pesca está liberada até o dia 31 de dezembro.


Missa marca a abertura oficial da pesca da tainha em Florianópolis - Marco Santiago/ND
(Missa marca a abertura oficial da pesca da tainha em Florianópolis - Marco Santiago/ND)

A pesca motorizada para as modalidades de captura por meio de emalhe costeiro e anilhas estarão liberadas a partir de 15 de maio. Já pesca industrial, para embarcações com capacidade acima de 10 toneladas só será liberada a partir de 1º de junho.
O prefeito Gean Loureiro destacou a importância das licenças e do sistema que prevê que pescadores artesanais comecem a pescar antes. "Desse jeito a competição se torna justa e mantém a tradição da ilha, dos ranchos e olheiros", afirma.
O carpinteiro João Onofre Fernandes, 78, costuma acompanhar a abertura da safra da tainha. Incentivado pelo pai, ele pescava desde os sete anos, mas parou aos 22. Mesmo assim, atualmente, a maioria de seus parentes e amigos são pescadores. "A pescaria é algo que fica entranhado na gente", comenta.
A missa e a procissão são coordenadas pelo pescador Getúlio Manoel Inácio, de 66 anos. Ele conta que, ao longo dos 12 últimos anos, a frequência de pessoas foi aumentando no evento religioso, aproximando também a relação entre pescadores e autoridades. "O importante é realizar uma pesca pacífica e com segurança”, ressalta. Ele disse que ainda não teve lanços na região nesta manhã, mas está ansioso para começar a pescar. "Estamos torcendo para o cardume aparecer".
Pedro Aparício Inácio, sobrinho do Getúlio, disse que a expectativa dos pescadores é de superar a safra do ano passado, quando foram capturadas cerca de 15 mil toneladas de tainhas em todo o Estado. Ansioso para jogar as primeiras tarrafas no mar, Pedro conta que aprendeu a pescar na infância com menos de 10 anos quando ia ajudar o pai, também pescador. "Hoje em dia está mais difícil por causa do turismo. Antes nós colocávamos vários espinhais na praia e hoje é complicado porque há muitas pessoas nadando e surfando".
Sobre a festa do último ano, ele explica: "foi uma safra boa, mas não muito fácil para a gente do sul da ilha". "Precisamos não apenas de um mar bom, mas de um vento bom senão as tainhas vão para o Norte da Ilha, onde o mar é mais tranquilo para a pesca", avalia. 
Fonte: REDAÇÃO ND - COM INFORMAÇÕES DO REPÓRTER GUSTAVO BRUNING, FLORIANÓPOLIS 

PROJETO ANJO DA GUARDA

PROJETO ANJO DA GUARDA
"Semeando a cultura de Pentecostes no coração marajoara."

LOCUTOR PAGANINI

LOCUTOR PAGANINI
...ESTAMOS NO ARRR! LOCUTOR-RADIALISTA AM e FM, MESTRE DE CERIMÔNIAS, APRESENTADOR DE FESTAS E EVENTOS, PREGADOR, MISSIONÁRIO, PALESTRANTE, ATENDENDO TODO O BRASIL, LIGUE (48) 8419-2061 ou 9612-8317. Email e Msn: locutorpaganini@yahoo.com.br Tbm Skype: locutor.paganini