quinta-feira, 23 de julho de 2009

NICCOLÒ PAGANINI

BLOG "LOCUTOR J.: PAGANINI"
Apresenta

NICCOLÒ PAGANINI
1792-1840

A LENDA
Num cenário fantasmagórico, pouca luz, vestido sempre de preto, uma figura esquelética, quando tocava o seu violino, que carinhosamente chamava de Il Cannone propiciava aos seus ferrenhos e ardorosos admiradores, visões estranhas, com predominância na emissão de uma luz etérea, como um fogo-fátuo, a inflamação espontânea de gases emanados dos sepulcros e de pântanos. Exagero? Lenda ? A verdade é que a fama de Paganini se alastrou de forma impressionante. Por onde se apresentava, Londres, Milão, Paris, Viena, para citar algumas praças, legiões de fãs, pagavam preços quase que ilimitados, para assistirem as suas mirabolantes apresentações; o resultado, merecidamente, não poderia ser outro, enriqueceu.
Como afirmam os estudiosos, Paganini foi, sem a máquina da mídia moderna de hoje, guardando-se as devidas proporções, um popstar musical do século passado.
Para ilustrar, vejamos um comentário do articulista : Nemo Nox
"As lendas não tardaram em aumentar o interesse por Paganini. Dizia-se que teria feito um pacto com o demônio para poder tocar daquela maneira, que as cordas de seu violino seriam confeccionadas com os próprios cabelos do diabo. Outra história dizia que sua habilidade vinha de anos de prática na prisão, condenado pelo assassinato da amante. Nesta versão, as cordas do seu instrumento seriam feitas dos intestinos da infeliz vítima. Algumas vozes tentavam diminuir o seu valor artístico, como o poeta irlandês Thomas Moore: "Paganini pode tocar divinamente, e algumas vezes realmente o faz, mas quando vem com seus truques e surpresas, seu arco em convulsões, sua música mais parece o miado de um gato agonizante." Os fãs, porém, eram mais numerosos e mais importantes que os críticos. Paganini foi escolhido para solista da princesa de Lucca, sagrado Cavaleiro da Espora Dourada pelo papa Leão XII, nomeado virtuoso da corte do imperador da Áustria, entre várias outras honrarias.A obra-prima de Paganini, Veitequattro Capricci per violino solo, Op. 1, foi composta entre 1800 e 1810, e é um marco do romantismo. Não somente um exercício de virtuosismo, os caprichos são de uma beleza arrebatadora. A riqueza de recursos do instrumentista abriu muitas portas à criatividade do compositor, e Paganini usa todo tipo de idéias musicais nos caprichos. Combina movimentos de arco com pizzicatos, usa martellatos e stacattos, altera a afinação no meio da peça, e deixa-se influenciar por fontes tão diferentes como barcarolas venezianas, temas ciganos e contraponto barroco. Os vinte e quatro caprichos são ao mesmo tempo uma enciclopédia da arte do violino e uma deliciosa audição."

BIOGRAFIA
Biografie Compositori
Niccolò Paganini (1782-1840)
Mais Paganini
Associazione Amici di Paganini
UM EXEMPLO PARA A POSTERIDADE
Quem já leu algo a respeito de Paganini, com certeza já deve conhecer o famoso relato das três cordas. Particularmente, com poucas variações, essa foi uma história verdadeiramente real e já contada de muitas formas .
Evidentemente, depois do advento da Internet, as versões foram multiplicando-se; umas mais, outras menos elaboradas, porém, no seu âmago, mantendo a estrutura original..
Dentre elas, uma que me chamou mais atenção, inclusive pela mensagem de estimulo, parece ter sido, infelizmente, difundida por autor que quis permanecer no anonimato; eis o texto na sua íntegra:

AS TRÊS CORDAS
ERA UMA VEZ um grande violinista chamado PAGANINI. Alguns diziam queele era muito estranho. Outros, que era sobrenatural. As notas mágicas que saiam de seu violino tinham um som diferente, por isso ninguém queria perder a oportunidade de ver seu espetáculo.
Numa certa noite, o palco de um auditório repleto de admiradores estava preparado para recebê-lo. A orquestra entrou e foi aplaudida. O maestro foi ovacionado. Mas quando a figura de Paganini surgiu, triunfante, o público delirou. Paganini coloca seu violino no ombro e o que se assiste a seguir é indescritível.
Breves e semibreves, fusas e semifusas, colcheias e semicolcheias parecem ter asas e voar com o toque daqueles dedos encantados.
DE REPENTE, um som estranho interrompe o devaneio da platéia. Uma das cordas do violino de Paganini arrebenta. O maestro parou. A orquestra parou. O público parou. Mas Paganini não parou. Olhando para sua partitura, ele continua a tirar sons deliciosos de um violino com problemas. O maestro e a orquestra, empolgados, voltam a tocar.
Mal o público se acalmou quando, DE REPENTE, um outro som perturbador derruba a atenção dos assistentes. Uma outra corda do violino de Paganini se rompe. O maestro parou de novo. A orquestra parou de novo Paganini não parou. Como se nada tivesse acontecido, ele esqueceu as dificuldades e avançou, tirando sons do impossível. O maestro e a orquestra, impressionados voltam a tocar.
Mas o público não poderia imaginar o que iria acontecer a seguir. Todas as pessoas, pasmas, gritaram OOHHH! Que ecoou pela abobadilhada daquele auditório. Uma terceira corda do violino de Paganini se quebra. O maestro pára. A orquestra pára. A respiração do público pára. Mas Paganini não pára. Como se fosse um contorcionista musical, ele tira todos os sons da única corda que sobrara daquele violino destruído. Nenhuma nota foi esquecida. O maestro empolgado se anima. A orquestra se motiva. O público parte do silêncio para a euforia, da inércia para o delírio. Paganini atinge a glória. Seu nome corre através do tempo. Ele não é apenas um violinista genial. É o símbolo do profissional que continua diante do impossível.
MORAL DA HISTÓRIA
Eu não sei se você tem problemas ou, se os tem, que tipo de problemas está tendo. Espero, sinceramente, que tudo esteja correndo às mil maravilhas, mas a verdade é que nem sempre a vida é um mar de rosas". Os problemas surgem quando menos se espera. Eles fazem parte da nossa existência e, muitas vezes, até concorrem para o nosso progresso, em todos os sentidos.
Podem ser de ordem pessoal, profissional, conjugal ou familiar e acabam afetando a nossa auto-estima e o nosso desempenho.
Mas uma coisa eu sei: nem tudo está perdido! Ainda existe uma corda e é tocando nela que você exercerá seu talento. Tocando nela é que você irá vibrar.
Aprenda a aceitar que a vida sempre lhe deixará uma última corda. Quando você estiver desanimada(o), nunca desista. Ainda existirá a corda da esperança, da persistência inteligente, do "tentar mais uma vez", do confiar em Deus com muita fé, do dar um passo a mais com um enfoque novo.
Desperte o Paganini que existe dentro de você e avance para vencer.
Vitória é a arte de você continuar, onde todos os outros resolvem parar.
Autor Desconhecido

IL CANNONE ?
IL CANNONE era como Paganini, carinhosamente, chamava o seu famoso instrumento de trabalho, o violino, pelo vigor do seu som.
Mas afinal, como era esse instrumento ?
O violino de Paganini é um Guarnieri (Guarnerius), fabricado por Giuseppe Guarnieri por volta de 1742.
Descrição detalhada do "Guarneri del Gesù"

Veja também
AFINIDADES COM O BRASIL
Que o brasileiro gosta de carnaval é, como dizem, "chover no molhado" não é verdade ? Provavelmente, por ter criado a obra máxima para violino O Carnaval de Veneza, Paganini, além dos incontáveis atributos, conquistou-nos de forma definitiva. O Blog "Locutor J.: Paganini", além de divulgar o autor dessa obra gigantesca, numa singela homenagem, reuniu informações dessa formosa cidade que inspirou o artista, além de apresentar fragmentos de algumas características básicas que são tradicionais do carnaval do famoso e tradicional carnaval de Veneza.


AS MÁSCARAS DO CARNAVAL DE VENEZA
C U R I O S I D A D E S I T A L I A N A S
A palavra Carnaval vem do italiano carne e vale. O dialeto milanês tem "carnelevale", de baixo latim "carnelevamen" de carne e "levamen" ação de tirar; o tempo em que se tira o uso da carne, pois o carnaval é propriamente à noite antes da quarta-feira de Cinzas.

O NOSSO GÊNIO DA GAITA
Ao alinhavar as primeiras linhas desta página, uma certa ansiedade se manifestou, no sentido de chegarmos logo a este espaço, pois aqui, será prestada uma justa homenagem a um dos maiores músicos que o Brasil já produziu; com certeza, vocês sentirão, talvez até com maior intensidade nossa, uma emoção inigualável, ao resgatarmos a memória de Edu da Gaita. Alguns visitantes surpresos, estarão se questionando:
- Muito bem! A homenagem é justa, porém qual o sentido de ser aqui, num espaço dedicado ao genial artista italiano Paganini ?
É meus caros Amigos, o mestre Edu, com sua gaita de boca também mágica, numa façanha inédita, através da música, vinculou definitivamente a sua genialidade a de Paganini, façanha que somente os grandes virtuoses podem proporcionar.
Para relatar com muito mais emoção e autenticidade, reproduzimos um texto do seu filho, Eduardo Nadruz Filho, disponibilizado no domínio http://www.edudagaita.com.br/PORTUGUES_introd.htm
Eduardo Nadruz, artisticamente conhecido como Edu da gaita, nasceu em 13 de Outubro de 1916 na cidade gaúcha de Jaguarão e morreu no Rio de Janeiro em 23 de Agosto de 1982.
Ao longo de toda a sua carreira artística teve como grande objetivo demonstrar que a harmônica de boca, ainda hoje vista como um instrumento exótico e despretensioso, possui recursos técnicos que a colocam no mesmo nível de qualquer outro instrumento musical. Sua grande conquista foi a execução na íntegra do "moto perpétuo" de Nicolò Paganini, compositor italiano e o maior virtuose do violino em todos os tempos. Para isso foram necessários onze anos de estudos durante os quais Edu enfrentou as tremendas dificuldades representadas por mil e duzentas notas, que deveriam ser executadas num tempo máximo de quatro minutos, sem pausa de espécie alguma.
Em junho de 1956, tendo como seu acompanhador ao piano o maestro Leo Peracchi, Edu se tornou o primeiro em toda a história da musica instrumental de sopro a executar o célebre "moto perpétuo" de Paganini, no tempo recorde de 3 minutos e 21 segundos, comprovando de maneira irrefutável que a harmônica de boca é um instrumento completo e definido.
Apesar do esforço de Edu e de outros, dentre os quais Larry Adler merece especial destaque, a harmônica de boca ainda é um instrumento "sem cátedra" e não é estudado nas escolas de Música. Isso se deve, dentre outras razões, à falta de uma literatura musical de maior seriedade dedicada ao instrumento, embora não possamos deixar de citar os concertos para harmônica de boca e orquestra escritos por Villa-Lobos e Radamés Gnatalli, o primeiro dedicado a John Sebastian e o último a Edu. Por esse motivo, Edu foi obrigado a usar em seu repertório composições originalmente escritas para outros instrumentos. Se por um lado isso tornou seu caminho mais difícil, também serviu para demonstrar de forma indiscutível os recursos técnicos da harmônica de boca.
O resgate de sua obra tem importância não apenas para a preservação da cultura nacional como também para divulgar em outros países o nível técnico que é possível atingir com o instrumento, permitindo que no futuro outros possam suceder e até mesmo superar o maior virtuose da harmônica de boca até os dias de hoje.
Aproveito para me colocar à disposição de qualquer empresa ou entidade cultural que tenha interesse em divulgar o trabalho de meu pai. Disponho de praticamente toda a sua produção fonográfica restaurada pelos sistemas Sonic solutions e CEDAR, além de farto material fotográfico e documental.
Eduardo Nadruz Filho
Novembro 2000
Onde achar o acervo de Edu da gaita:
http://www.edudagaita.com.br/Acervo.htm

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.

PROJETO ANJO DA GUARDA

PROJETO ANJO DA GUARDA
"Semeando a cultura de Pentecostes no coração marajoara."

LOCUTOR PAGANINI

LOCUTOR PAGANINI
...ESTAMOS NO ARRR! LOCUTOR-RADIALISTA AM e FM, MESTRE DE CERIMÔNIAS, APRESENTADOR DE FESTAS E EVENTOS, PREGADOR, MISSIONÁRIO, PALESTRANTE, ATENDENDO TODO O BRASIL, LIGUE (48) 8419-2061 ou 9612-8317. Email e Msn: locutorpaganini@yahoo.com.br Tbm Skype: locutor.paganini