Grupo esteve no Vaticano em audiência com o Santo Padre nesta quarta-feira
Milagres acontecem, o impossível pode demorar. Convictos de que o dito popular tem mais força no Vaticano do que em qualquer outro lugar do mundo, uma missão de catarinenses foi a Roma para falar diretamente com o Papa Francisco sobre a canonização da beata Albertina Berkenbrock.
O grupo contou com o vice-governador Eduardo Pinho Moreira, o presidente da Assembleia, Joares Ponticelli e o presidente da Fiesc, Glauco Côrte. Nesta última quarta-feira, eles tiveram uma audiência com o Santo Padre para defender a santificação da jovem assassinada aos 12 anos, em 1931.
Não por coincidência, os dois políticos são do Sul do Estado, região onde nasceu a beata, e o presidente da federação é um católico devotado. Tudo foi pensado para reunir a maior representatividade na missão à Santa Sé. Até uma imagem de 20 quilos de Santa Catarina de Alexandria faz parte do pacote.
Nesta última terça-feira, o grupo almoçou na embaixada Brasileira no Vaticano, a terceira representação mais antiga da diplomacia verde e amarela (1826). No cardápio, risotto ao funghi e filé com legumes ao vapor regados a vinho tinto.
Enquanto o embaixador Denis Fontes de Souza Pinto apresentava afrescos de Michelangelo Caravaggio, pintor barroco que teria vivido na casa que hoje serve como embaixada, se falou sobre a importância da santa catarinense.
O deputado Ponticelli, que se revelou profundo conhecedor da história do cristianismo, fez a defesa mais entusiasmada:
— Albertina morreu para defender sua pureza. Quem sabe não possamos adaptar esta mensagem para que os jovens lutem por suas vidas contra o crack por exemplo — comparou o parlamentar.
O próprio embaixador, que assumiu recentemente o posto no Vaticano, gostou do que viu. Tanto que se colocou à disposição para acompanhar o processo de direito canônico. Nesta última quarta-feira o Papa Francisco ouviu os catarinenses. Se depender da fé do grupo no turismo religioso em SC, a chance de acontecer um novo milagre da beata é considerável.
Encontro com pontífice ocorreu às 7h desta quarta (20), horário de Brasília.
Albertina Berkenbrock foi beatificada em 2007, 76 anos depois da morte.
A missão oficial encontrou o Papa Francisco por volta das 10h desta quarta-feira (horário local), 7h (horário de Brasília). Considerada pelos devotos como a "santa mártir", ela foi beatificada em 2007, 76 anos após ser assassinada. A comitiva também visitou o Parlamento Italiano nesta terça-feira (19).
O encontro foi logo após a missa matutina na Basílica de São Pedro que reuniu milhares de pessoas na manhã desta quarta-feira. A audiência durou cerca de dez minutos e foi marcada pelo pedido de tornar a beata morta aos 12 anos em santa. Segundo os representantes da comitiva, milagres são atribuídos a ela. Além disso, a canonização abriria uma nova rota de turismo religioso no estado.
Na ocasião, foi entregue um documento ao Papa Francisco solicitando a canonização da beata catarinense, nascida em Imaruí, em 20 de janeiro de 1919. O embaixador do Brasil no Vaticano , Denis Fontes de Souza Pinto, também recebeu a solicitação em mãos.
“Ele foi muito atencioso. Prestou atenção no nosso pedido, mas pelo grande volume de pessoas em volta, ele apenas ouviu e abençoou objetos que tínhamos como imagens, rosários e terços da beata”, descreve Ponticelli. Os catarinenses foram recebidos em uma área reservada onde havia autoridades de todo o mundo. “Cada um de nós fez uma manifestação de apreço, admiração, fé e esperança na canonização da beata Albertina”, complementa o deputado. A viagem de retorno está prevista para esta quinta-feira (21).
Pequena Mártir
Beata Albertina Berkenbrock morreu aos 12 anos de idade, no dia 15 de junho de 1931. Natural de Imaruí, no Sul de Santa Catarina, a adolescente foi vítima de um homem que queria abusar sexualmente dela.
Segundo a história registrada em um site dedicado à beata, enquanto tentava encontrar um boi fugido, ela foi atacada em um matagal por um conhecido da família. A garota resistiu à tentativa de abuso sexual e foi degolada pelo agressor. Por lutar para preservar sua virgindade, ela foi chamada de santa mártir.
Depois de sua morte, o túmulo onde foi enterrada passou a ser um ponto de procissões, que fica no Cemitério São Luis, em São Martinho, no Sul do estado.
O processo de beatificação iniciou em 1952, foi paralisado durante várias décadas, retomado no ano de 2000 e concluído em 20 de outubro de 2007.
Beata Albertina Berkenbrock morreu aos 12 anos de idade, no dia 15 de junho de 1931. Natural de Imaruí, no Sul de Santa Catarina, a adolescente foi vítima de um homem que queria abusar sexualmente dela.
Segundo a história registrada em um site dedicado à beata, enquanto tentava encontrar um boi fugido, ela foi atacada em um matagal por um conhecido da família. A garota resistiu à tentativa de abuso sexual e foi degolada pelo agressor. Por lutar para preservar sua virgindade, ela foi chamada de santa mártir.
Depois de sua morte, o túmulo onde foi enterrada passou a ser um ponto de procissões, que fica no Cemitério São Luis, em São Martinho, no Sul do estado.
O processo de beatificação iniciou em 1952, foi paralisado durante várias décadas, retomado no ano de 2000 e concluído em 20 de outubro de 2007.
Parlamento Italiano
A comitiva catarinense também visitou o Parlamento Italiano. Segundo Ponticelli, foi apresentado novo pedido de abertura de um consulado italiano em Santa Catarina. “Cerca de 40% é ítalo-descendente. Apesar disso, dependemos de Curitiba (PR) ou Porto Alegre (RS) para fazer qualquer pedido ao órgão”, explica o presidente da Alesc. Os representantes do estado também falaram sobre parcerias entre Brasil e Itália.
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